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Title | : | A Madona |
Author | : | Natália Correia |
Book Format | : | Hardcover |
Book Edition | : | First Edition |
Pages | : | Pages: 191 pages |
Published | : | January 2004 by Público (first published 1968) |
Categories | : | Cultural. Portugal |

Natália Correia
Hardcover | Pages: 191 pages Rating: 3.97 | 36 Users | 4 Reviews
Narration Toward Books A Madona
Um livro que faz lembrar "A cidade e as serras", do Eça de Queiroz. Aqui, a personagem principal também se divide entre a casa de família, na ruralidade portuguesa, e a vida intelectual em Paris. E há igualmente uma insatisfação, uma impossibilidade de encontrar um lugar, uma incapacidade em definir uma identidade. Branca vive entre o cosmopolitismo de um tédio pantanoso, feito de cinismo e desencanto, numa Paris que regurgita festivamente as suas contradições e a rude mesquinhez de Briandos, com o seu zeloso moralismo e a sua bruta incompreensão do tamanho do mundo exterior. Tenta sentir-se viva na liberdade que lhe proporciona a vida parisiense, na grandeza dos sentimentos, na descoberta do amor e do ciúme, e do que é ser mulher e do que são os homens. Tenta reencontrar-se, e às suas raízes, em Briandos, numa ideia telúrica e ingénua, de animalidade e coisas primordiais. Procura apaixonar-se, sentir-se amada, viver de forma derradeira.Este romance foi publicado em 1968, ano em que o mês de maio se tornou tão importante. Ano em que Sartre ficaria do lado dos estudantes, durante as revoltas estudantis. Seis anos antes do 25 de Abril. É um livro portentoso, com uma escrita fluída, vibrante, ao mesmo tempo erudita e profana, delirante e lúcida. É um arremesso feminista à sociedade, mais emocional e intuitivo do que argumentativo, mas ainda assim cheio de pertinência. Muito do que é a concepção da castidade, da fidelidade, do ciúme, do amor, do feminino e do masculino é aqui abordado de forma intensa e implacável. Há um universo que Natália Correia aqui torna vivo e aceso, que estilhaça completamente o que Betty Friedan tinha chamado uns anos antes, em 1963, de Mística Feminina. Fica demonstrado não é possível conter o que uma mulher é num conceito de feminino, num conjunto de coisas, restritas e bem delimitadas. Numa Mística. Natália Correia, com a sua narrativa surpreendente e uma escrita fulminante, abre caminhos, coloca questões, destrói mitos, põe o dedo em feridas e cura males. Volta a baralhar tudo e segue, em grande aceleração com assomos surrealistas. Dá voz a uma personagem que sabe que o seu lugar no mundo não é de mais ninguém. Por mais dificuldade que tenha em perceber tudo o que se está a passar consigo, faz as perguntas e procura, e quer sentir. E é capaz de por o mundo todo do avesso. O seu mundo.
List Books Concering A Madona
Original Title: | A Madona |
ISBN: | 8497892682 |
Edition Language: | Portuguese |
Rating Out Of Books A Madona
Ratings: 3.97 From 36 Users | 4 ReviewsEvaluate Out Of Books A Madona
História contada por Branca, última descendente de uma nobre família, da sua emancipação nomeadamente sexual, e os dramas dos seus amantes: o sofisticado Miguel, e o brutamontes manuel, sendo que este caba por se suicidar. História passa-se em Briandos a terra onde está o solar de família, mas também frança. anos 60 - tempo de emancipação. também a estranha personagem, o anjo, um dinamarquês, que parece muito ingénuo e depois se revela cheio de vício.Natália de Oliveira Correia foi uma escritora e poeta portuguesa. Deputada à Assembleia da República (1980-1991), interveio politicamente ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres. Autora da letra do Hino dos Açores. Juntamente com José Saramago (Prémio Nobel de Literatura, 1998), Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares RodriguesUm livro que faz lembrar "A cidade e as serras", do Eça de Queiroz. Aqui, a personagem principal também se divide entre a casa de família, na ruralidade portuguesa, e a vida intelectual em Paris. E há igualmente uma insatisfação, uma impossibilidade de encontrar um lugar, uma incapacidade em definir uma identidade. Branca vive entre o cosmopolitismo de um tédio pantanoso, feito de cinismo e desencanto, numa Paris que regurgita festivamente as suas contradições e a rude mesquinhez de Briandos,
Foi extremamente interessante ver em um livro de 1968 uma escrita tão bem construída, com temas tão universais, mas ao mesmo tempo novos para época. Ter a oportunidade de ter contato com esse livro foi um grande ganho na minha vida. Indicar não parece a melhor coisa para esse livro, queria era poder obrigar todos a lerem! Fiquei sem palavras por diversas vezes, tem um plot twist melhor que o outro te deixando sem ar, literalmente. Leitura OBRIGATÓRIA!
Lisbon Book-Fair 2016.
Um livro que faz lembrar "A cidade e as serras", do Eça de Queiroz. Aqui, a personagem principal também se divide entre a casa de família, na ruralidade portuguesa, e a vida intelectual em Paris. E há igualmente uma insatisfação, uma impossibilidade de encontrar um lugar, uma incapacidade em definir uma identidade. Branca vive entre o cosmopolitismo de um tédio pantanoso, feito de cinismo e desencanto, numa Paris que regurgita festivamente as suas contradições e a rude mesquinhez de Briandos,

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